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clero
Armando Rafael Castro Acquaroli

ADMINISTRADOR PAROQUIAL
30/10
Nasci em 1988 em Itajaí, visto que naquele tempo não existia maternidade em Barra Velha. Cresci em uma família simples do centro cidade, em um ambiente recheado de amor. De meu pai (falecido em 2006) aprendi muito sobre a sinceridade, a honestidade e a não fugir nunca das minhas responsabilidades. De minha mãe adquiri uma profunda vida religiosa e de ligação com a comunidade. Recordo-me com saudade dos tempos em que minha mãe levava a mim e minha irmã à missa, todos os domingos, desde a mais tenra idade.
Com o tempo, porém, o desejo infantil foi amadurecendo cada vez mais e tornando-se realidade. Isso se verificava no meu sempre maior envolvimento com a vida da comunidade, tanto entre os coroinhas quanto no Grupo Bíblico de Reflexão do qual eu participava. Faltava-me somente um sinal do chamado de Deus e eu estaria pronto para segui-Lo mais de perto.
E isso ocorreu no ano de 2003, quando eu passava diante da "Pastelaria do Juarez", de frente para o mar, e recebi um inaudito convite para ir conhecer o seminário, vindo do diácono Juarez. Naquele momento uma grande alegria inundou meu coração e senti que esse era um sinal de Deus para minha vida. Como os primeiros discípulos foram chamados à beira do mar da Galileia (cf. Mt 4,18ss), Deus me chamara à beira do mar de Barra Velha!
O percurso no seminário foi bem longo, mas cada uma das etapas me ajudou a amadurecer e a discernir qual era o projeto de Deus para a minha vida. Por isso, aos poucos, fui confirmando meu "sim" a Deus.
No seminário Menor e Propedêutico (2004-2006), em Joinville, aprendi a dar os primeiros passos dentro da vida comunitária, que nem sempre é fácil. Mas é ali também que descobri o quanto é verdadeiro o que diz o Sal 132,1 "como é bom e suave os irmãos viverem juntos bem unidos". Sobretudo nos momentos de dificuldade, a presença reconfortante dos meus "novos irmãos" era sempre um incentivo a não desanimar jamais.
No Seminário Filosófico (2007-2009), em Brusque, tive a oportunidade de conhecer outras Dioceses de nosso estado, percebendo a riqueza que cada uma tem. No contato com os grandes pensadores antigos e modernos descobri a importância da racionalidade. E, ao mesmo tempo, entendi que Jesus não veio revelar seus mistérios "aos sábios e entendidos, mas aos pequenos" (cf. Mt 11,25).
No seminário Teológico (2010-2014), em Florianópolis, me encantei com as disciplinas que me fizeram entender e viver melhor a fé cristã. Em especial, o cultivo dos estudos bíblicos me fez sentir parte da caminhada do povo de Deus. Mesmo em meio aos sofrimentos do deserto tal povo encontrou o consolo do Deus que ouve, vê e desce para libertá-lo (cf. Ex 3,7.8). Desse modo, a presença divina do Emanuel, do "Deus conosco", sempre foi sentida durante o caminho.
Terminados os anos de seminário, fui convidado a auxiliar em alguns trabalhos do Movimento dos Focolares (2015-2017). Sob inspiração do carisma de Chiara Lubich, senti forte desejo de doar a minha vida para viver o testamento de Jesus "que todos sejam um" (Jo 17,21). Ao mesmo tempo eu também aproveitei, com a bênção do então bispo Dom Irineu, para aprofundar meus estudos. Concluí, desse modo, o mestrado em Teologia Bíblica. Em 1 de abril de 2016 retornei rapidamente ao Brasil para ser ordenado diácono, junto com outros seminaristas, na Paróquia que pouco conhecia e pela qual hoje estou apaixonado: Perpétuo Socorro.
Em 27 de agosto de 2017 fui ordenado padre pelo nosso bispo dom Francisco em Barra Velha, na Paróquia Divino Espírito Santo, onde cresci. Imediatamente após a ordenação retornei a Roma para dar início ao doutoramento que atualmente estou concluindo. Nesse período morei na Paróquia São Pio V (Roma), na qual aprendi a amar, a rezar e a viver um pouco mais como padre, sobretudo por meio do contato com os escoteiros, por quem sempre tive muito apreço, bem como na visita aos doentes, nas confissões, nas missas e no contato estreito com uma realidade fortemente secularizada, mas paradoxalmente sedenta de Deus.
Por tudo isso e muito mais, sinto-me muito feliz de ter sido chamado, como tantos outros que seguem esse caminho, não obstante as muitas dificuldades. Estou consciente que não fui ordenado para ter um caminho de glórias ou outras vaidades que hoje são oferecidas com facilidade. O caminho que sigo é aquele de Jesus, que vai rumo a cruz, esperando não desviar-me nunca de Seu olhar que me chama a segui-Lo, amando-O, como Ele fez, até o fim (cf. Jo 13,1).
Tão logo adquiri idade suficiente para poder ajudar na missa, comecei a fazer parte da vida eclesial: aos 7 anos entrei para o grupo de coroinhas. Ali, rodeado por amigos, descobri a beleza de servir o altar. Em particular, me impressionava a figura do então pároco, padre Pedro Bastos, cujo testemunho de alegria e simplicidade me faziam idealizar desde pequeno: "quero ser como ele!".
16/02

O menino tímido de Itaiópolis se tornou o padre da espiritualidade na diocese de Joinville. Sua principal influência foi o padre polonês José Kominek (in memorian) conhecido como padre Zezão, que em sua infância e juventude, era pároco da Igreja de Santo Estanislau, em Itaiópolis. O que mais lhe chamava atenção eram os sermões nas missas, sua voz potente e homilia impecável que atraia muitos fiéis.
Sua inspiração vem de Dom Orlando, no seu jeito de conduzir a igreja, a pastoral e sua espiritualidade. Dom Orlando que foi o terceiro bispo de Joinville e é o atual arcebispo Metropolitano de Aparecida.
Místico e contemplativo, Pe. Venceslau acredita que o silêncio o ajuda a rezar e que o caminho para enfrentar as dificuldades é a missa, o silêncio e a contemplação. Para ele, o silêncio é mais do que nunca imprescindível em meio à cidade barulhenta. Acredita que os fieis vão à missa em busca de silêncio e “critica” as liturgias que vão contra sua natureza, como instrumentos muito altos, cantores gritando, homilia aos gritos, etc., para ele isso não é liturgia. “Numa missa em que existem momentos de silêncio, os fieis ficam concentrados, contemplando. Muitas vezes em casa, no trabalho e na rua já tem barulho que chega”, explica citando o livro: “O barulho adoece e o silêncio cura” do Frei Patricio Sciadini. O livro fala sobre as maneiras de amenizar os efeitos inoportunos do barulho que abala física e emocionalmente o ser humano.
Com conhecimento em parapsicologia e religião pelo Centro Latino Americano de Parapsicologia, afirma que conhece bem a teologia do ser humano, por isso, parafraseando um filósofo, afirma “nada que vem do ser humano me é estranho”. E acrescenta: “conheço a teologia do ser humano, seus limites, seus defeitos, suas qualidades. Nada que vem do ser humano me desestabiliza”.
Em seus 64 anos de vida já escapou de muitos acidentes e assaltos, mas nunca foi tentado acima de suas forças, e atribui toda essa proteção a uma pessoa, Nossa Senhora. “Foi Nossa Senhora quem me livrou, sentia a energia mariana, ela sempre esteve ao meu lado”, diz.
Sempre dedicado à leitura, principalmente ao tema misericórdia, teologia, eclesiologia, pastoral e psicologia. Acredita que a confissão é a missão mais linda de um padre. “A confissão ressuscita um morto. Se um assassino que matou muitas pessoas, arrependido procura a confissão e sai perdoado isso é um milagre, médico nenhum faz isso. É um milagre”, explica com entusiasmo.
Diagnosticado há sete anos com mal de Parkinson e com uma coronária entupida, o padre do silêncio não se deixa abater. Ao ser instigado a parar e descansar, sorri citando um de seus santos de devoção, São João Paulo II: “se Cristo não desceu da cruz quando desafiado, também não vou desistir diante de minhas limitações”. E brinca lembrando que tem a mesma descendência do Santo, “polonês não desiste fácil”. (risos).
Padre Venceslau é o atual vigário da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Joinville, e acredita que agora consegue cuidar mais das pessoas, estudar, ler e rezar mais. Explica que a função de pároco tende a ser mais administrativa, disponível para tudo e por todos. Já como vigário tem mais tempo para oferecer à igreja que viu crescer em seus 30 anos de pároco. Ao explicar suas obras na paróquia, humildemente descreve-se numa única e simples frase: “fui apenas um instrumento de Deus, sem fazer barulho, pois é no silêncio que Deus se revela”. Diz-se feliz por poder servir a Deus: “Deus serviu-se de mim e das minhas fraquezas para que a luz da fé não se apague, pois ‘a fé vence o mundo’ (cf. 1Jo 5,4)”.
Fonte: O PADRE DO SILÊNCIO.
Por: Lilian Antunes Negri.
Nascido em dezesseis de fevereiro de 1956, em Itaiópolis - SC, Venceslau Nieckasz, o mais velho dos dois filhos do casal de agricultores Estanislau e Bronislava Hilko Nieckasz (in memorian), desde os doze anos sonhava em ser sacerdote. Mas somente aos 21 anos fez sua primeira experiência no Seminário São José em Blumenau, onde permaneceu até final de 1978.
Devido ao fechamento do seminário voltou para a casa dos pais em 79, ingressando definitivamente em 1980 no Seminário Divino Espírito Santo em Joinville.
Venceslau Nieckasz
VIGÁRIO PAROQUIAL
31/08
Sebastião João Nunes
DIÁCONO

Nascido em Barra Velha aos 31 de agosto 1952, filho de João José Gabriel Nunes e Erotides Sabina Nunes, sexto filho de nove irmãos. Casado com Eunice Dorotea Nunes, pai de dois filhos: Sidnei Sebastião e Milena Mirian Nunes, e avô de 4 netos: Gabriel, Matheus, Giovana e Amabile.
Em 1970, veio para Joinville e ingressou no Grupo de Jovens Mogi, na Paróquia São Sebastião do Iririú. Lá conheceu sua esposa, Eunice, que também era participante do mesmo grupo e se casaram na mesma igreja, aos 11 de setembro de 1975.
Sempre atuantes na vida da Igreja como membros do Grupo de Jovens, ministro da Sagrada Comunhão, Liturgia, RCC, Pastoral da Saúde, etc., em novembro de 1985 mudaram-se para o Bairro Costa e Silva, e continuaram sua caminhada na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Sebastião atuava como Ministro da Comunhão e ajudava em outras pastorais que mais necessitavam na época: conselhos, visita aos doentes, curso de pais e padrinhos, catequese de crisma, exéquias, etc.
No dia 2 de julho de 1996, convidado pelo Padre Lio Satler, deu seu sim e ingressou na Escola São Francisco de Assis ITSC, Instituto Teológico de Santa Catarina, em Florianópolis. No dia 25 de março de 2.000 foi ordenado pelas mãos do Bispo Dom Orlando Brandes, hoje atual Arcebispo de Aparecida.
Diácono Permanente, se sente feliz e realizado pelo seu ministério, fazendo sempre a vontade de Deus naquilo que lhe é possível, conforme seu lema: “Amar a Deus e servir o irmão”.
19 anos de ordenação e há 18 faz parte da CODIP (Conselho Diocesano dos Diáconos Permanentes), e continua atendendo as necessidades da Igreja em tudo o que lhe é confiado com muito amor e dedicação.
“Provavelmente a minha vontade de ser coroinha estava mais ligada no time formado pelos coroinhas do que pelo serviço ao altar. Mas Deus tem os seus caminhos”, conta o Bispo. Certa vez, em um dos dias de trabalho de coroinha, Francisco foi questionado por um sacerdote sobre o que pensava sobre o futuro de sua vida. A resposta foi rápida e firme: “Quero ser médico para aliviar as dores das pessoas”.
Algum tempo depois, o mesmo padre que havia lhe feito a pergunta também o convidou para entrar no seminário, dizendo que lá seria um local onde aprenderia a aliviar realmente as dores das pessoas. Sabendo que nesse lugar tinha campo de futebol, rios e muito espaço verde, o pequeno Francisco começou a pensar melhor na proposta do padre e decidiu dizer sim ao convite. Não foi fácil conversar os pais, pois na época ele ainda era o caçula da família, com nove anos. Muitas conversas depois, Francisco diz recorda-se do último argumento encontrado para convencer a família: “Deus vai mandar outro em meu lugar”. Depois disso entrou para o Seminário Menor Diocesano São José no ano de 1964, em Ponta Grossa. Dois anos depois o casal Francisco e Helena foi agraciado com a vinda de mais um filho, o pequeno Marcos Fernando.
INICIO DA VIDA SACERDOTAL
Após ingressar no seminário, Francisco percebeu realmente sua vocação. Terminado o Seminário Menor, em Ponta Grossa, cursou Filosofia no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, em Curitiba, e cursou Teologia no Studium Theologicum. Foram 13 anos de estudo até sua ordenação sacerdotal no dia 3 de dezembro de 1977, por Dom Geraldo Micheletto Pellanda. No ano seguinte, assumiu a Paróquia São Jorge, onde foi pároco até 1979. Depois disso foram diversas funções em diversos locais diocesanos. Foi professor e reitor de seminário, ecônomo, vigário paroquial, juiz auditor da Câmara Eclesiástica, membro de Câmara Eclesiástica, administrador diocesano etc. Francisco Carlos Bach realizou seu Mestrado em Direito Canônico na Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma entre 1985 e 1987.
ORDENAÇÃO EPISCOPAL
No dia 27 de julho de 2005, Francisco Carlos Bach foi nomeado bispo pelo Santo Padre, o papa Bento XVI. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 27 de outubro do mesmo ano na Catedral de Ponta Grossa, sua cidade natal. Menos de um mês depois, no dia 24 de novembro, Dom Francisco tomava posse da Diocese de Toledo (PR), onde exerceu a função até ser designado como Bispo da Diocese de São José dos Pinhais (PR), em 2012. Em 2015, Dom Francisco assumiu duas funções, além de bispo de São José dos Pinhais, também foi administrador diocesano da Diocese de Paranaguá (PR). A dupla função durou seis meses, até a chegada de um no bispo na diocese do litoral paranaense.
LEMA EPISCOPAL
O lema episcopal é “In Manus Tuas” (“Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espírito”, tirado
de Lc 23,46). O objetivo do ministério episcopal é fazer com que cada pessoa sinta-se filho
amado de Deus e coloque sua vida nas mãos do Senhor, a exemplo do próprio Jesus Cristo e
da Virgem Maria.
Fonte: DIOCESE DE JOINVILLE.
Disponível em: <https://www.diocesejoinville.com.br/pagina/bispo>
FRANCISCO CARLOS BACH

BISPO
04/05
"Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espírito" (Lc 23,46)
Francisco Carlos Bach nasceu no dia 4 de maio de 1954 na cidade paranaense de Ponta Grossa (PR). Foi o terceiro de quatro irmãos: Iolanda Maria, João Paulo e Marcos Fernando. Quando criança, frequentou a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, levado por seus pais - Francisco Bach e Helena Denchura Bach - e foi ali que Francisco teve os primeiros contatos com o Altar. Sempre muito extrovertido e estudioso, Francisco foi um menino feliz com facilidade de criar laços. Na época, muito criança, Francisco tinha seus interesses divididos entre o futebol e o serviço à Igreja.